domingo, 1 de junho de 2014

Personagem p. 161 – 8º ano

D. João VI: rei de Portugal e do Brasil
               D. João, segundo filho de D. Maria I, nasceu em 1767, em Portugal. Em 1777, a rainha tornou-se a primeira mulher a assumir o controle do governo português. Porém, em 1792, em razão de um agravamento de seu estado de saúde, D. João passou a governar informalmente a nação portuguesa e , em 1799, foi aclamado príncipe regente. Dois anos após a morte de D. Maria I, 1816, D. João foi coroado  rei de Portugal e do Brasil.
               Em seu governo, D. João VI promoveu as primeiras transformações urbanas significativas do Rio de Janeiro, como a abertura e calçamento de ruas, aterramento de charcos e pântanos e construção de chafarizes e praças. O governante também se notabilizou por suas iniciativas científicas e culturais: ordenou a construção de teatros, bibliotecas e criou academias literárias e científicas.
Ao longo do tempo, muitas interpretações a respeito de D. João VI foram construídas. Por um lado, vários cronistas e autores o consideraram um monarca sem vontade própria, hesitante, frágil, covarde e fujão. Por outro lado D. João VI contemporizador e tolerante, além de estadista moderado e hábil, figura importante para a construção do estado nacional brasileiro e pra a preservação da monarquia portuguesa.
Texto 1
“Segundo filho da rainha louca, D. João não tinha sido educado para dirigir os destinos do país. [...] Além de despreparado para reinar, d. João era um homem solitário às voltas com sérios problemas conjugais [...] o príncipe regente era tímido, supersticioso e feio. O principal traço de sua personalidade e que se refletia no trabalho, no entanto, era a indecisão. [...] em novembro de 1807, porém D. João foi colocado contra a parede e obrigado a tomar a decisão mais importante da sua vida. [...] Incapaz de resistir e enfrentar um inimigo que julgava muito mais poderoso, decidiu fugir.”
GOMES, Laurentino. 1808. Como uma rainha louca, um príncipe medroso
 e uma corte corrupta enganram napoleão e mudaram a história
de Portugal e do Brasil.
In: Livro didático: Projeto Araribá – 3º Edição p. 161
Texto 2
“D. João Vi não foi o que pode chamar de grande soberano, de quem seja lícito referir brilhantes proezas militares ou golpes audaciosos de administração [...]. o que fez, o que conseguiu, e não dói afinal pouco, fê-lo e conseguiu-o no entanto pelo exercício combinado de dois predicados que cada um deles denota superioridade: um de caráter, a bondade, o outro de inteligência, o senso prático ou o governo. Foi brando e sagaz, insinuante e precavido, afável e pertinaz.”
LIMA, Manuel Oliveira. D. João VI no Brasil.
In: Livro didático: Projeto Araribá – 3º Edição p. 161

1.      Cite algumas medidas tomadas por D. João VI no período em que o monarca governou o Brasil. Durante o reinado de D. João VI no Brasil diversas obras e iniciativas científicas e culturais foram tomadas. Foi um período em que houve as primeiras transformações urbanas significativas do rio de Janeiro, como a abertura e calçamento de ruas, aterramento de charcos e pântanos e construção de chafariz e praças.  Além disso, D. João conquistou a Guiana e a Cisplatina, combateu as revoltas de 1817 em Portugal e em Pernambuco, e afirmou o poder monárquico português depois da revolução do Porto de 1820

2.      Qual visão cada  um dos textos acima  expressa sobre a figura de D. João VI? Os textos expressão visões diferentes sobre D. João VI. O primeiro apresenta a visão mais tradicional a respeito do governante português: uma figura indecisa, solitária, infeliz na vida conjugal e medrosa. Oliveira lima, no segundo texto, sem exagerar a capacidade  de governança de D. João VI, ressalta a inteligência, a bondade e a determinação do monarca português. As qualidades que Oliveira Lima atribuem a D. João VI revelam um homem que soube conduzir co habilidade o reino Português, em um momento de grande dificuldade, combinando astúcia e brandura, prudência e pragmatismo. 

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